quinta-feira, 29 de maio de 2008

Entendendo o katageiko.


Os dois erros mais comuns eram uke manequim(imóvel, espera ser arrastado pelo nage) e uke uga-buga(Hulk esmaga nagezinho!). Também vejo muito em demonstrações de Aikido pessoas com ótimas projeções que são péssimos ukemi. É a clássica tendência de se antecipar ao nage, resistir à ele ou ficar inerte esperando ser movido...

Problema similar vejo no Karate sob a forma de kihon onde o tori reage a um ataque antes dele ocorrer, se baseando no fato deste ser predeterminado. A idéia dos kihon é serem fundamentos. Neles o "defensor" age de forma apropriada ao contexto criado pelo "agressor". Se o agressor não cria o contexto predeterminado a resposta do defensor não faz sentido. Este contexto inclui a forma de "reagir" ao ataque. Quando o "defensor" esquiva antes da hora ele está bancando o "telepata", antecipando as intenções do atacante e contando com seu comprometimento à um ataque fadado ao fracasso. Quando o atacante pára seu movimento, cessando sua "energia"(inércia), é absurdo querer usá-la contra ele. Quando ele resiste, insistir na idéia original é idiotice(ela já foi reconhecida e apropriadamente neutralizada).

Aikido é treinamento para que se adquira naturalidade de movimentação e improvisação...estas coisas é que PODEM vir a funcionar num combate.
Aikido, treinado de forma orientada para combate, também fortalece os ossos, ligamentos e músculos...e força PODE ser vantajosa...por quê é tao difícil aplicar uma torção à la aikido ou chinna num MMA da vida?

As torções funcionam porquê o oponente está usando os braços para bloquear tuas tentativas de atingí-lo com ataques traumáticos(socos por exemplo)...em MMA ou você ignora as porradas do oponente ou você esquiva(se conseguir) e contra-ataca; é por isto que "tentar fazer chaves e projeções" não é aiki...é ju.
Quando se usa aiki em um oponente que não tenta se proteger de nossos atemi, estes se tornam fim em si mesmo.

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Um shodanzinho autodidata que acabou virando um polivalente polidanzinho autodidata.